Uma mulher de 50 anos foi presa nesta segunda-feira (25), em Vila Velha, suspeita de integrar uma quadrilha que atraía homens para encontros amorosos falsos e, em seguida, os sequestrava, torturava e extorquia. A prisão ocorreu na Rodovia do Sol, no bairro Praia de Itaparica, após uma operação da Superintendência de Polícia Interestadual e de Capturas (Supic).
De acordo com as investigações, os criminosos usavam perfis em aplicativos de relacionamento para marcar os encontros. Ao chegar ao local combinado, as vítimas eram surpreendidas, rendidas por integrantes da quadrilha e mantidas em cárcere privado.
Durante o sequestro, os homens eram torturados com armas de fogo, armas brancas e, em alguns casos, até com ferros quentes. Sob ameaças, eram forçados a revelar senhas bancárias e realizar transferências de dinheiro para os criminosos. Além disso, os sequestradores também extorquiam familiares das vítimas, exigindo mais dinheiro em troca da libertação.
Segundo a polícia, uma das vítimas precisou ser hospitalizada após as agressões.
Prisão após operação
A suspeita foi localizada após os agentes tentarem localizá-la no bairro Dom João Batista, sem sucesso. Posteriormente, os policiais entraram em contato com a mulher por telefone e a orientaram a comparecer à Rodovia do Sol, onde foi abordada por agentes da Polícia Civil, que apresentaram o mandado de prisão.
Ela foi conduzida à 2ª Delegacia Regional de Vila Velha, onde teve a prisão preventiva cumprida por crimes de associação criminosa e extorsão, conforme os artigos 288 e 158, §3º, do Código Penal.
Organização criminosa
A polícia já prendeu outros suspeitos ligados à mesma quadrilha. Em junho do ano passado, uma mulher foi detida no bairro Lagoa, em Jacaraípe, na Serra, por envolvimento no mesmo esquema. Dias depois, um casal também foi preso.
O delegado Alysson Pereira Pequeno, responsável pelas investigações, informou que o grupo é especializado em sequestros-relâmpago. “A investigada faz parte de uma associação criminosa voltada para a prática de crime de roubo e extorsão mediante restrição à liberdade, conhecido popularmente como sequestro-relâmpago”, explicou.
Até o momento, cinco integrantes da quadrilha já foram presos preventivamente.