ACONTECENDO NO ESPÍRITO SANTO

domingo, 7 de dezembro de 2025

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Agiotagem via cartão de crédito acende alerta em Vitória; Ministério Público será acionado

A prática de empréstimos por meio de cartão de crédito tem ganhado força como modalidade de agiotagem em Vitória, acendendo o sinal de alerta entre autoridades e órgãos de proteção ao consumidor. Segundo reportagem publicada recentemente, pessoas vulneráveis estariam sendo abordadas por supostos “agentes financeiros” que oferecem dinheiro fácil, com pagamento parcelado no cartão — uma prática ilegal que fere regras de proteção ao consumidor e pode esconder abusos de juros e coerção.

Como funciona o esquema

De acordo com a cobertura jornalística, o golpe é apresentado assim: a vítima aceita um empréstimo, com o pagamento prometido em parcelas debitadas diretamente no cartão de crédito. À primeira vista, a oferta pode parecer similar a um parcelamento convencional — mas sem os direitos e garantias de um empréstimo formal concedido por instituição legalmente autorizada. Muitos de quem recorre a esse tipo de “solução” estão em dificuldades financeiras, o que facilita a ação dos golpistas.

O problema vai além dos juros e tarifas abusivas: há risco real de endividamento descontrolado e de comprometimento financeiro grave. Organizações de defesa do consumidor alertam que esse tipo de empréstimo informal caracteriza a chamada “agiotagem”, prática proibida por lei quando feita fora dos canais regulamentados. A modalidade é considerada crime, pois explora a vulnerabilidade financeira de pessoas e impõe condições que fugiriam à legalidade.

Reações e mobilização institucional

Diante das denúncias, o vereador de Vitória Armandinho Fontoura acionou as autoridades locais. O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) será acionado também para investigar relatos de vítimas e verificar se há infrações relativas a abuso, extorsão, juros abusivos ou crimes contra a economia popular. A expectativa é que, se confirmados os indícios, os responsáveis respondam criminalmente.

Além disso, essa preocupação não é isolada. Recentemente, o MPES, em parceria com entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Espírito Santo (OAB-ES), lançou uma cartilha de orientação sobre fraudes bancárias, com orientações para consumidores identificarem golpes e se protegerem. 

Quem pode ser vítima

Normalmente, as vítimas são pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, com dificuldade de acesso a crédito formal. A promessa de um dinheiro rápido, sem burocracia, e a facilidade de parcelamento no cartão podem parecer uma solução atraente num primeiro momento — mas, em pouco tempo, geram dívida difícil de ser paga.

Em casos graves, a agiotagem pode levar a consequências ainda mais graves, como cobrança abusiva, ameaças ou constrangimento, especialmente se a vítima atrasar pagamentos. 

Como se proteger e denunciar

Especialistas e autoridades orientam que, diante de propostas de empréstimo por meio de cartão de crédito oferecidas por pessoas ou empresas não autorizadas, o ideal é desconfiar e evitar aceitar. Quem precisar de crédito deve buscar instituições bancárias regulamentadas, cooperativas de crédito ou órgãos oficiais.

Quem for abordado por esse tipo de esquema pode denunciar ao Ministério Público, à polícia ou buscar orientação junto à OAB-ES. A cooperação de vítimas e testemunhas é fundamental para que o MPES possa investigar e responsabilizar os envolvidos. Iniciativas como a cartilha contra fraudes bancárias são parte da estratégia de prevenção e conscientização. 

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