Promessa de solução não se confirmou
Ao longo de 2024 e 2025, a Prefeitura de Vila Velha anunciou a instalação de bombas de recalque e intervenções emergenciais para acelerar o escoamento da água da chuva em regiões historicamente problemáticas. Em pronunciamentos públicos, o prefeito garantiu que a cidade “não voltaria a sofrer com alagamentos como antes”.

Mas nesta quarta-feira, bairros como Cobilândia, Ataíde, Aribiri, Glória, Divino Espírito Santo, Paul e trechos da Carlos Lindemberg ficaram completamente tomados pela água. Em alguns pontos, o nível chegou ao meio das portas dos carros.
Moradores e comerciantes fizeram vídeos e fotos mostrando veículos ilhados, pedestres atravessando a água na altura dos joelhos e casas com a água invadindo áreas externas.
Moradores se sentem enganados
Indignação foi o sentimento mais relatado pelos moradores. Muitos disseram que acreditaram na promessa de que os alagamentos estavam com dias contados.
“Falaram que as bombas resolveriam tudo. A primeira chuva forte e está tudo alagado de novo. Nada mudou”, reclamou uma comerciante de Aribiri.

“É a mesma história todo ano. Só mudam as promessas”, disse um morador de Cobilândia, que filmou carros tentando voltar de ré para não ficarem submersos.
Trânsito travado e riscos
As principais vias do município ficaram congestionadas, especialmente a Carlos Lindemberg, a Jerônimo Monteiro e a Darly Santos.
Motoristas relatam que o trânsito virou um caos e que muitos carros ficaram pelo caminho após apagarem em áreas de alagamento.
Além dos transtornos, houve risco para pedestres, que precisaram atravessar correntezas formadas pelas enxurradas.
Prefeitura ainda não explicou a falha
Até o momento, a prefeitura não apresentou explicações sobre por que as bombas, que foram anunciadas como solução definitiva, não conseguiram evitar os alagamentos.
A expectativa é que o município se manifeste nas próximas horas, já que a pressão da população aumentou após mais um episódio de caos urbano.
A previsão aponta possibilidade de novas pancadas de chuva durante a noite, o que mantém moradores em alerta.


