Os radares, que haviam sido instalados sob o argumento de garantir mais segurança no trânsito, rapidamente se tornaram alvo de polêmica. Motoristas afirmam que os equipamentos foram posicionados em locais estratégicos apenas para aumentar a arrecadação municipal, e não para reduzir acidentes.

Com a repercussão negativa, Arnaldinho — que vinha enfrentando queda de aprovação entre os cidadãos vilavelhenses — decidiu voltar atrás. Segundo fontes próximas ao governo, o prefeito reconheceu que o impacto político e a insatisfação popular poderiam comprometer sua imagem e seus planos futuros.
A decisão de suspender os radares foi recebida com alívio por parte dos moradores, mas também com desconfiança. Muitos acreditam que a suspensão seja apenas uma manobra temporária, e que os equipamentos possam ser reativados futuramente com outro formato ou justificativa.
Nas redes sociais, o assunto continua rendendo. Há quem defenda o controle eletrônico de velocidade como medida educativa, mas a maioria dos comentários critica a forma como o sistema foi implementado — sem diálogo, transparência ou foco real na segurança viária.
O episódio mostra que, em tempos de redes sociais e fiscalização cidadã, a voz da população ainda tem força. E, no caso de Vila Velha, a pressão dos vilavelhenses foi suficiente para frear — ao menos por enquanto — o avanço daquilo que muitos chamaram de “a máquina de arrecadar multas”.


