Livro do Incaper aborda a seca vivida no Espírito Santo
O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) lançou recentemente o livro intitulado “Crise hídrica no Estado do Espírito Santo: o caso de 2014 a 2017”. Essa publicação analisa o período de estiagens prolongadas que resultaram em conflitos pelo uso da água em diversos setores. Entre 2014 e 2017, o estado enfrentou uma das maiores crises hídricas da história, sendo considerada a “pior crise hídrica dos últimos 80 anos”.
O livro foi fruto de uma parceria entre instituições públicas estaduais e universidades, buscando disponibilizar informações e conhecimentos sobre o tema. Sua elaboração envolveu uma abordagem multidisciplinar, incluindo a análise de dados climatológicos históricos, uso de técnicas estatísticas avançadas e informações geoespaciais. Além disso, foram realizadas pesquisas de campo, com entrevistas a produtores rurais, para compreender os impactos diretos nas propriedades rurais.
Dia Mundial de Combate à Seca
A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (UNCCD) aponta que o Brasil possui áreas susceptíveis à desertificação que abrangem aproximadamente 1.34 milhão de quilômetros quadrados, incluindo 1.488 municípios em regiões semiáridas. Essas áreas estão distribuidas principalmente na região Nordeste, Norte de Minas Gerais e Espírito Santo, onde o grau de conhecimento sobre os processos de degradação ambiental ainda é insuficiente e necessita de atualizações constantes.
A desertificação é o processo de degradação que transforma áreas férteis em desertos, enquanto a seca refere-se à escassez de água, podendo causar impactos graves em diversas regiões. Ambos os fenômenos são agravados por atividades humanas como desmatamento, práticas agrícolas inadequadas e uso excessivo de recursos naturais.
Baixe aqui: Crise hídrica no Estado do Espírito Santo: o caso de 2014 a 2017