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terça-feira, 15 de julho de 2025

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Vitória e 12 capitais sem Plano Municipal de Mudanças Climáticas

Tragédia climática no Rio Grande do Sul foi a maior da história do Brasil
| Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Vitória e mais 12 capitais brasileiras não têm plano municipal de mudanças climáticas. Os dados foram divulgados neste sábado (31) após o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), que coordena o Núcleo Vitória do Observatório das Metrópoles, realizar um estudo sobre o tema. Foi analisado o estágio atual dos planos municipais de mudanças climáticas nas 26 capitais estaduais e no Distrito Federal.

Entre as ausências mais preocupantes está Belém (PA), sede da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada ainda em 2025. Na região Norte, apenas Rio Branco (AC) conta com um plano. O Nordeste também apresenta um quadro crítico: Aracaju (SE), Maceió (AL) e São Luís (MA) seguem sem planejamento. No Centro-Oeste, apenas o Distrito Federal está preparado. Já no Sudeste, Vitória é a única capital sem plano, enquanto no Sul, Porto Alegre (RS), epicentro da tragédia de 2024, foi a última a instituir o seu.

Apesar dos atrasos, o levantamento do IJSN destaca que algumas capitais avançaram. São Paulo, Curitiba e Recife estão entre os exemplos mais positivos, com políticas estruturadas que incluem diagnósticos de risco, participação social e integração com planos urbanos e de mobilidade. Ainda assim, o estudo aponta que menos da metade das capitais que têm planos efetivamente os monitoram ou revisam periodicamente.

“A catástrofe climática vivida em 2024 não pode ser tratada como um episódio isolado, mas como parte de uma nova realidade que exige planejamento, investimento, prevenção, mitigação e adaptação”, alerta Pablo Lira, diretor-geral do IJSN. Ele reforça que a ausência de políticas atualizadas compromete a capacidade de resposta das cidades, especialmente nas áreas mais vulneráveis, como encostas, ocupações irregulares e zonas ambientais pressionadas pela urbanização.

O relatório ainda propõe uma série de recomendações para fortalecer a resposta dos municípios às mudanças climáticas, entre elas:

– Integrar a agenda climática aos planos diretores urbanos;

– Criar comitês intersetoriais com participação da sociedade civil;

– Estabelecer indicadores de monitoramento e avaliação;

– Ampliar a captação de recursos para financiar ações de adaptação e mitigação.

Para o Instituto, adaptar-se ao novo cenário climático não é apenas uma responsabilidade ambiental, mas uma urgência social e econômica. “As mudanças climáticas deixaram de ser uma previsão e se tornaram uma realidade diária. O que as cidades fizerem — ou deixarem de fazer — hoje terá impactos profundos sobre as próximas gerações”, conclui o estudo.

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