Nos últimos anos, o Espírito Santo tem se destacado dentro do agronegócio brasileiro, especialmente nas regiões Norte e Noroeste. Tradicional produtor de café, o estado nunca foi um dos líderes no cenário agro nacional, mas essa realidade está mudando.
O Espírito Santo, responsável por 70% da produção nacional de café conilon, busca aumentar a produção e produtividade enquanto eleva a qualidade e se alinha às exigências de sustentabilidade esperadas pelos grandes compradores internacionais. Com a entrada em vigor da Lei Antidesmatamento na Europa, em janeiro de 2026, a necessidade de práticas agrícolas sustentáveis se torna ainda mais premente. Em resposta, a Secretaria de Estado da Agricultura tem acelerado a implementação de currículos de agricultura sustentável, mirando alcançar 8 mil fazendas até o final do ano e 35 mil até 2030.
Os portos do Espírito Santo, distribuídos por todo o estado, são vistos como soluções estratégicas para o escoamento da produção crescente do Brasil Central. Em maio, o Cecafé relatou que 56% dos embarques de café enfrentaram atrasos e problemas de logística, resultando em prejuízos significativos. Investimentos em portos e ferrovias são cruciais para evitar um colapso logístico na próxima década, posição em que o Espírito Santo pode ter um papel fundamental devido aos grandes projetos em desenvolvimento na região.
Em suma, o Espírito Santo ganhou importância estratégica para o agronegócio no Brasil. Ainda que desafios, como a melhoria da infraestrutura ferroviária e rodoviária (especialmente nas rodovias 259 e 262), demandem atenção, as perspectivas são promissoras.