ACONTECENDO NO ESPÍRITO SANTO

sábado, 7 de junho de 2025

ACONTECENDO NO ESPÍRITO SANTO

sábado, 7 de junho de 2025

Idosos são os mais afetados por infecções do vírus da gripe

Com a proximidade do inverno, dados recentes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicam um aumento significativo nos casos de doenças respiratórias no Brasil, especialmente relacionados à influenza A, que já ultrapassa a covid-19 como a principal causa de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em idosos. Os vírus Sincicial Respiratório (VSR) e Influenza são altamente contagiosos e podem provocar complicações severas em pessoas com mais de 60 anos, especialmente aquelas com comorbidades.

Até o início de maio, o Brasil registrou 24.571 casos de hospitalização por SRAG. Desses, 50% foram atribuídos ao VSR nas quatro semanas anteriores, junto a 11% dos óbitos, de acordo com o Boletim Epidemiológico InfoGripe da Fiocruz. O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo, esclarece que a probabilidade de agravamento das condições respiratórias é maior entre os idosos.

“Com o avanço da idade, o sistema imunológico se torna menos eficaz no combate a infecções. Essa diminuição da capacidade de defesa torna os idosos mais suscetíveis a quadros graves de doenças respiratórias, como as provocadas pelo Vírus Sincicial Respiratório, que geralmente afeta mais bebês e crianças”, avalia Chebabo.

Comorbidades

Muitos idosos convivem com doenças crônicas, como cardiopatias, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), asma, diabetes e insuficiência renal. Essas condições preexistentes aumentam o risco de complicações severas em caso de infecção por um vírus respiratório, podendo levar a descompensações cardíacas e hospitalizações prolongadas.

“Os sintomas do VSR em idosos, muitas vezes confundidos com um resfriado comum, podem evoluir rapidamente para situações graves e, em casos extremos, resultar em morte”, comenta o infectologista.

Estudos da Fiocruz revelam que a taxa de letalidade por VSR entre idosos no Brasil alcançou 26% entre 2013 e 2023, sendo 20 vezes maior do que em crianças. Para idosos com insuficiência cardíaca, o risco de hospitalização pelo vírus pode ser 33 vezes maior em comparação com aqueles que não possuem essa condição.

Mesmo após a alta hospitalar, um em cada três idosos internados por vírus respiratórios, como VSR ou influenza, frequentemente relatam perda de funcionalidade em suas atividades diárias, com impacto significativo na qualidade de vida e na autonomia.

Vacinação

A vacinação se destaca como uma das estratégias mais eficazes para proteger a população idosa durante as épocas mais frias. “Além da imunização, as medidas preventivas aprendidas durante a pandemia são fundamentais: lavar as mãos frequentemente, usar máscara em caso de sintomas gripais, manter os ambientes arejados, evitar aglomerações e o contato com pessoas doentes”, finaliza Alberto Chebabo.

Ultimos acontecimentos

Leia Também