A ampliação do tratamento para casos graves de Alzheimer no Sistema Único de Saúde (SUS) marca um avanço significativo no manejo dessa doença. Uma recente portaria do Ministério da Saúde determina que a donepezila, um medicamento crucial para a preservação das funções cognitivas, agora estará disponível para pacientes com formas graves da condição.
Uso ampliado da donepezila
Anteriormente, a donepezila era fornecida apenas para aqueles em estágios leves ou moderados da doença. Com essa nova diretriz, pacientes que enfrentam as fases mais desafiadoras da Alzheimer poderão utilizar a donepezila, sozinha ou em combinação com memantina, que já é disponibilizada pelo SUS. A medida visa proporcionar um controle mais eficaz dos sintomas, como confusão mental, apatia e alterações comportamentais.
Benefícios esperados
A expectativa do Ministério da Saúde é que cerca de 10 mil pessoas sejam beneficiadas no primeiro ano com a oferta do medicamento. Essa mudança foi estimulada durante a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para a doença de Alzheimer, considerando a importância do tratamento contínuo para a qualidade de vida dos pacientes.
A doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva, que afeta a memória, o comportamento e a autonomia dos indivíduos. Embora ainda não exista cura, tratamentos adequados podem desacelerar a perda de habilidades cognitivas. O acesso a medicamentos eficazes, como a donepezila, é fundamental em estágios mais avançados da doença, ajudando a melhorar a qualidade de vida e a adiar a institucionalização dos pacientes.
Estudos científicos demonstraram que a continuidade do uso da donepezila é capaz de atenuar sintomas como agitação e confusão, tornando-se um aliado essencial no tratamento da doença de Alzheimer. Essa medida não apenas aumenta o apoio terapêutico, mas também reafirma o compromisso do SUS em oferecer cuidados adequados a uma população vulnerável.