Nos últimos meses, Arnaldinho manteve conversas com dirigentes do Progressistas (PP), PRD, Solidariedade e União Brasil, assim como o Novo; mas as negociações têm esbarrado em disputas internas e falta de consenso. Segundo o próprio prefeito, os partidos que integram a federação União Progressista (UP) — que reúne União Brasil e Progressistas — “não estão se entendendo”, o que o fez recuar (sem vontade) em decisões mais firmes.
A fala foi interpretada como um sinal de desalinhamento dentro da federação, que atualmente discute seu posicionamento político e possíveis alianças para as eleições de 2026. Enquanto lideranças como Marcelo Santos (presidente da Assembleia Legislativa) e Ricardo Ferraço (MDB) consolidam alianças, Arnaldinho parece caminhar sozinho, com dificuldade de se encaixar em um projeto coletivo, talvez por traições passadas.
Nos bastidores, dirigentes do União Progressista reforçam que o partido se consolida justamente pela força da união e do diálogo entre seus membros, buscando viabilizar um projeto de Estado e não de pessoa.
“A UP não existe para servir a projetos individuais, mas para construir pontes políticas que representem o interesse coletivo”, destaca uma fonte ligada à federação.
Enquanto isso, dentro do União Brasil, nomes como Marcelo Santos e Euclério Sampaio têm fortalecido a estrutura partidária capixaba, alinhados a uma estratégia que prioriza coesão interna e metas de longo prazo.
Analistas políticos avaliam que o “voo de galinha” de Arnaldinho dentro do União Brasil — expressão usada pelo próprio em recente sessão da câmara de vereadores de Vila Velha, simboliza bem o momento vivido pelo prefeito: uma ascensão rápida, mas sem sustentação.
Sem base partidária sólida e com pontes fragilizadas, o gestor de Vila Velha busca um novo espaço num cenário em que o coletivo tende a prevalecer sobre projetos pessoais.
O peso de traições passadas de aliados tem assustado políticos que ainda seguem os “contratos” amarrado no fio do bigode.