ACONTECENDO NO ESPÍRITO SANTO

domingo, 20 de julho de 2025

ACONTECENDO NO ESPÍRITO SANTO

domingo, 20 de julho de 2025

Oposição classifica de arbitrárias medidas cautelares contra bolsonaro

Oposição critica sanções impostas por Moraes e aponta abuso de poder, alegando tentativa de silenciamento político do ex-presidente.

Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, impor medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro, membros da oposição e do PL, partido de Bolsonaro, emitiram uma nota qualificando a ação de Moraes como “um grave episódio de perseguição política disfarçada de ação judicial”.

A nota, divulgada na tarde desta sexta-feira (18), é assinada por líderes da oposição no Congresso Nacional, Senado e Câmara dos Deputados, incluindo os senadores Izalci Lucas (PL-DF) e Rogério Marinho (PL-RN), o deputado Zucco (PL-RS), e também os líderes do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ) e no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ).

Os opositores afirmam que Bolsonaro foi alvo de medidas cautelares “arbitrárias” que visam silenciar o ex-presidente.

Repercussão e Críticas

A nota destaca que medidas como proibir o uso de redes sociais, impedir contato com diplomatas estrangeiros e aliados políticos, incluindo seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, e a imposição de tornozeleira eletrônica são juridicamente insustentáveis e violam princípios constitucionais como o devido processo legal, a dignidade humana e a proporcionalidade.

O texto também alega que Bolsonaro não foi condenado, e acusa o uso da justiça para reprimir politicamente, criminalizando opiniões e a liberdade de expressão, ameaçando a própria democracia.

Os parlamentares comparam com casos passados, afirmando que lideranças políticas anteriormente não sofreram medidas tão severas apesar de ações similares. A oposição acredita que as sanções são uma distração para desviar a atenção de supostas falhas do governo atual.

Papel do Judiciário e Apelo à População

Criticando o Judiciário por exceder limites legais, a nota defende a necessidade de o Parlamento assegurar equilíbrio entre os Poderes e proteger direitos civis, convocando ainda a população para se manifestar.

A líder da oposição, Bia Kicis (PL-DF), anunciou reuniões para discutir a revogação do recesso parlamentar.

Ela mencionou que os parlamentares solicitarão ao presidente Hugo Motta que o Parlamento não se submeta ao que chamam de “ditadura da toga”.

Respostas do Congresso

O presidente do Congresso e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que não há possibilidade de terminar o recesso parlamentar antes do previsto.

As atividades legislativas serão retomadas como planejado, a partir de 4 de agosto, com a agenda estabelecida.

Imposição das Medidas Cautelares

Nesta sexta-feira, Moraes determinou medidas restritivas rigorosas a Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar em horários especificados.

Essas medidas, propostas pela Polícia Federal com apoio da Procuradoria-Geral da República, visam investigar a conduta de Bolsonaro e Eduardo no cenário nacional.

Decisão da Primeira Turma do STF

Moraes justificou as sanções com base no comportamento de Bolsonaro e Eduardo, concluindo que eles tentaram obstruir a justiça brasileira.

Os dois são investigados por coação durante o processo judicial, obstrução e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, com as medidas sendo reafirmadas por maioria da Primeira Turma do STF.

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