A Copel (CPLE6) adotou uma nova política de dividendos que traz regras mais claras e previsíveis para a remuneração de seus acionistas. Essa decisão, comunicada ao mercado, destaca o compromisso da empresa em distribuir ao menos 75% do lucro líquido anualmente, com pagamentos realizados em, no mínimo, duas parcelas por ano.
Mudança no relacionamento com investidores
Essa nova abordagem sinaliza uma transformação no relacionamento da Copel com seus investidores, especialmente em um momento em que o mercado valoriza previsibilidade e disciplina financeira. A companhia visa proporcionar um fluxo de proventos mais transparente e sustentável, equilibrando o retorno aos acionistas com a necessidade de manter uma estrutura de capital sólida.
Aprovação da estrutura ótima de capital
Além da nova política de dividendos, a Copel anunciou a aprovação de uma “estrutura ótima de capital”. Este conceito refere-se à relação ideal entre dívida e capital próprio, buscando maximizar o valor de mercado da empresa. A alavancagem financeira alvo foi estabelecida em 2,8 vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), com uma faixa de tolerância entre 2,5x e 3,1x. Isso indica que a companhia considera saudável operar com esse nível de endividamento em relação à sua geração de caixa.
Compromisso com a disciplina financeira
Caso a alavancagem ultrapasse essa faixa, a Copel se compromete a restabelecer o nível ideal em até 24 meses. Essa política servirá como uma diretriz para decisões estratégicas, influenciando o ritmo de investimentos, a distribuição de dividendos e eventuais captações. O objetivo é equilibrar o crescimento responsável com uma remuneração atrativa aos acionistas.
Resultados financeiros
No primeiro trimestre de 2025, a Copel registrou um lucro líquido de R$ 664,7 milhões, representando um aumento de 24,6% em relação ao ano anterior. O Ebitda total cresceu 24,1%, totalizando R$ 1,736 bilhão, enquanto a margem Ebitda ajustada alcançou 25,5%, com um ganho de 3,8 pontos percentuais na comparação anual. Ao final de março, a dívida líquida era de R$ 12,911 bilhões, apresentando uma redução em relação a dezembro do ano anterior, com uma alavancagem de 2,3 vezes.
Essas mudanças e resultados refletem o compromisso da Copel em priorizar o retorno ao acionista, reforçando sua estratégia de crescimento sustentado e disciplina financeira.