Objetivo e âmbito da operação

• Foram expedidos 35 mandados de busca e apreensão e 27 mandados de prisão contra integrantes dessa rede criminosa.  
• A ação contou com ampla mobilização: 79 policiais civis e 16 policiais militares participaram da operação, que teve apoio especializado de unidades como a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra e de Vila Velha, a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), o 5º Batalhão da Polícia Militar do Espírito Santo e o Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (NOTAER) da Casa Militar.  
• Conforme declarou o superintendente de Polícia Regional Norte, delegado Fabrício Dutra, a operação “atinge toda a hierarquia criminosa do tráfico de drogas em Fundão, alcançando desde os que atuavam na função de vapor (varejo), aos escoltas, gerentes, chefes e o líder maior do grupo”.  

A organização investigada

De acordo com o delegado titular da Delegacia de Polícia de Fundão, Leandro Sperandio, o grupo criminoso se autodenomina “Tropa da França” e possui vínculo com o Comando Vermelho — facção que atua em diferentes regiões do Espírito Santo. 

Até o momento da publicação, mais de 16 suspeitos já haviam sido presos e armas apreendidas. 

Importância e impacto

• A operação representa um golpe significativo no tráfico de drogas da região Norte-Leste do estado, indicando que as autoridades estão avançando em investigações que vão além dos “pontas soltas” e miram a estrutura completa da organização.
• O fato de atingir desde o varejista até o líder sugere que a investigação acumulou inteligência suficiente para mapear a cadeia de comando da facção.
• O uso de diversas especializadas — inclusive operações aéreas — mostra escalonamento no enfrentamento ao crime organizado no Espírito Santo.

Contexto e desdobramentos

• Esta é a terceira fase da Operação “Fim da Linha”, que teve início em abril deste ano, quando foram apreendidas drogas e armas escondidas em uma área de mata.  
• A articulação entre polícia civil, militar, unidades especializadas e o uso de mandados de prisão e busca reforça a estratégia de “enxugar o sistema” de apoio logístico da facção — não somente prender usuários ou pequenos dealers, mas atingir comando e gerência.
• A continuidade do monitoramento será importante para verificar se essa ofensiva leva à redução de violência e de tráfico nos municípios visados, ou se a organização reagrupará em outras áreas.

O que vem a seguir

• As autoridades devem dar mais detalhes sobre a identidade dos presos, os bens apreendidos (dinheiro, armas, veículos) e possíveis prisões de maior escalão.
• É provável que as investigações sejam ampliadas para outros municípios do Espírito Santo, considerando que o CV possui atuação em várias regiões.
• Resultados práticos como queda de homicídios, apreensões de drogas ou bloqueios de contas podem apontar se a operação terá efeito duradouro.