Batizada de “Operação Dublê”, a ação foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, e cumpriu mandados de busca e apreensão em Vitória, Serra e Colatina, além de um município da Bahia, Teixeira de Freitas.
De acordo com as investigações, o grupo teria ligação direta com roubos, furtos, receptação e adulteração de veículos, além de lavagem de dinheiro e falsificação de documentos públicos. As apurações indicam que parte das atividades ilícitas envolvia golpes contra seguradoras e venda de automóveis adulterados, com manipulação de dados nos sistemas oficiais.
Um dos policiais foi afastado cautelarmente de suas funções até a conclusão do processo administrativo. O MPES afirmou que o esquema pode ter se sustentado por meio de relações internas dentro da corporação, o que reforça a necessidade de uma investigação rigorosa.
A Polícia Civil divulgou nota afirmando que colabora com o Ministério Público e que medidas administrativas já estão sendo tomadas pela Corregedoria-Geral para garantir transparência e punir eventuais responsáveis.
“A instituição não compactua com desvios de conduta e reforça seu compromisso com a legalidade e com a confiança da população capixaba”, diz trecho da nota oficial.
A Operação Dublê segue em andamento e novas etapas não estão descartadas. O caso expõe mais uma vez a importância do controle interno nas forças de segurança e o combate a possíveis redes de corrupção dentro das próprias instituições responsáveis por combater o crime.