ACONTECENDO NO ESPÍRITO SANTO

segunda-feira, 23 de junho de 2025

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Jornalista volta a fazer ataques homofóbicos em SP após soltura

Resumo
A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, solta após ser presa por injúria, voltou a realizar ataques homofóbicos em São Paulo, sendo filmada insultando rapazes em seu prédio; o caso está em investigação, e as vítimas adotaram medidas legais.





Mulher presa por homofobia faz novos ataques um dia após ser solta pela Justiça:

A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, presa por injúria após ofender um homem em uma cafeteria no Shopping Iguatemi, em São Paulo, voltou a fazer ataques homofóbicos. A situação, filmada por uma das vítimas, ocorreu um dia após a idosa de 61 anos ser solta.

Gustavo Leão contou nas redes sociais que o novo caso ocorreu com ele e outros dois rapazes, na recepção do prédio onde moram. “A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, por dias consecutivos nos agride com ofensas violentas como ‘bicha nojenta’, ‘boiola’, ‘vai dar o c*’ e outras palavras de baixo calão carregadas de ódio e preconceito”, começou seu relato.

Ele afirma que a situação aconteceu na frente de moradores e funcionários do local, o que os constrangeu e expôs de forma “cruel e injusta”. Nas imagens registradas, Adriana aparece insultando as vítimas.

“Eu vou fazer musculação para dar o c*. Põe na internet, boiola. Boiola depilada. Dá o c*, boiola”, diz ela ao entrar no elevador. “Esse foi o lixo que foi presa no final de semana. Você devia ter vergonha, nessa idade, com esse tipo de coisa”, diz uma das vítimas.




Adriana Ramos foi flagrada em outro momento proferindo ofensas homofóbicas, dentro de um edifício.

Adriana Ramos foi flagrada em outro momento proferindo ofensas homofóbicas, dentro de um edifício.

Em outro vídeo, a jornalista aparece xingando um dos rapazes de ‘c*zão’. “Olha a gaiola das loucas”, afirma. “Os três fazem sexo a noite inteira”, declara na recepção do prédio. Em outro momento, ela aparece sentada na recepção, falando ao telefone sobre a Parada LGBTQIAP+, onde, segundo ela, haviam ‘aidéticos’.

No desabafo, Gustavo afirma que Adriana é uma mulher lúcida e plenamente consciente de seus atos, e que o caso não se trata de um surto ou desequilíbrio. Ele ainda diz que há relatos de funcionários sobre ela destratar as pessoas no local.

“Trata-se de uma postura arrogante e recorrente. Infelizmente, seu comportamento abusivo evoluiu até chegar nesse episódio de homofobia e difamação pública. Apesar de tudo isso, a agressora segue livre e impune, mesmo sendo reincidente, pois neste final de semana aconteceu o mesmo no Shopping Iguatemi. Isso é inaceitável”, escreveu Gustavo.

O rapaz agradeceu aos vizinhos pela solidariedade e também à Polícia Militar, que a conduziu para a delegacia. “Mas sabemos que isso não basta. Agora, tomaremos todas as medidas legais, e já estamos dando entrada em uma queixa-crime na Polícia Civil. Homofobia não é opinião. Não é desabafo. É crime. E precisa ser tratado como tal”, finalizou ele.

Em nota ao Terra, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que a PM foi acionada durante a tarde de segunda para atender ao caso na região central de São Paulo e que a mulher foi ouvida e liberada, pois as vítimas não estavam no local para formalizar o flagrante, como determina a legislação.

Ainda segundo a pasta, as vítimas chegaram depois e optaram por fazer o registro do caso pela Delegacia Eletrônica. Depois que o BO for deferido, a ocorrência será encaminhada ao DP da área para que seja investigada.

A reportagem não localizou Adriana e nem sua defesa até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.

Primeiro caso

Adriana foi presa no último sábado, 14, após chamar um rapaz de “bicha nojenta” e, segundo a SSP, as testemunhas confirmaram a versão da vítima. O caso foi registrado como injúria no 14° Distrito Policial (Pinheiros).



Mulher foi presa após chamar homem de 'bicha nojenta' em cafeteria do shopping Iguatemi.

Mulher foi presa após chamar homem de “bicha nojenta” em cafeteria do Shopping Iguatemi.

De acordo com o Estadão, o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu a ela liberdade provisória no dia seguinte, determinando que a idosa compareça mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades ou eventuais mudanças de endereço.

Ela também está proibida de frequentar o Shopping Iguatemi, que seria local de trabalho da vítima, e não pode sair da cidade por mais de oito dias sem autorização prévia. Caso ela descumpra alguma dessas medidas, pode ser presa novamente. O caso ainda será julgado.

Versão dela

Em um vídeo filmado por ela dentro da delegacia, que circula nas redes sociais, a idosa diz que foi ofendida primeiro pelo homem. “Eu fui agredida por pessoas que estavam ao meu lado e começaram a se escarnecer da minha situação física. Me chamaram de velha, me chamaram de doente e riram muito de mim. Eu pedi a conta e pedi para ir embora. Mesmo assim eles continuaram tendo a mesma atitude”, alegou.

Ela afirma, segundo o Estadão, ser uma pessoa doente. “Tenho um problema físico, vou ser operada. Tenho que tomar um remédio para dor e faz duas horas que passou o horário do meu remédio. Nós estamos há quatro horas em uma delegacia”, declarou.

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