A Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) registrou uma importante apreensão de canabinóides sintéticos no Estado. Em julho de 2024, em Nova Venécia, foram encontrados 536 pinos contendo uma substância vegetal marcada pela presença do MDMB-4EN-PINACA, um composto da categoria conhecida como drogas K. Essas substâncias são desenvolvidas em laboratórios clandestinos e possuem efeitos muito mais potentes que a maconha.

Primeiras evidências em Itaguaçu

No início de 2023, aPCIES já havia apreendido seis pinos de material vegetal em Itaguaçu, sinalizando a introdução desses canabinóides sintéticos no Espírito Santo. A partir dessa ocorrência, o Laboratório de Química Forense (LABQUIM) intensificou sua vigilância sobre as substâncias identificadas.

Efeitos e riscos associados

O perito Victor da Rocha Fonseca, responsável pelas análises, destaca os riscos associados ao uso dessas substâncias. “Os efeitos adversos são gravíssimos, potencializando comportamentos agressivos, psicose e até convulsões. Além disso, a toxicidade pode levar a problemas cardiovasculares sérios”, alertou. Casos de rabdomiólise, dano renal e até fatalidades têm sido reportados, especialmente por serem confundidos com a maconha tradicional, o que pode levar usuários a consumirem doses perigosas.

Legislação e orientação

É importante ressaltar que o MDMB-4EN-PINACA é uma substância proibida no Brasil e está listada na Portaria 344/98 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como psicotrópica. O LABQUIM desempenha um papel fundamental, examinando drogas apreendidas em todo o Estado e contribuindo para a investigação de crimes relacionados ao tráfico de entorpecentes.