O ataque à viatura da Polícia Militar na manhã desta quarta-feira, 7, em São Mateus, na zona leste de São Paulo, levantou sérias preocupações sobre a segurança dos agentes e a possível motivação por trás da ação criminosa. Policiais civis e do serviço de inteligência estão atuando na coleta de provas e informações na cena do crime.
A abordagem realizada por bandidos armados em uma SUV Mitsubishi Outlander, que dispararam vários tiros de fuzil, resultou em um ferimento na cabeça de um cabo da PM, que foi levado ao Hospital Santa Marcelina. Apesar da gravidade do ferimento, seu estado de saúde não é considerado crítico. Os policiais estavam em retorno ao 38º Batalhão no momento do ataque.
A análise preliminar indica que o veículo utilizado pelos criminosos é blindado e possui placas adulteradas e chassi remarcado. O tenente Vinicius Lopes da Silva relatou que ao menos três indivíduos participaram da ação e não se descarta a possibilidade de um ataque planejado por facções criminosas.
O veículo foi abandonado a cerca de três quadras do local do ataque, próximo a uma área conhecida como ponto de desmanche de veículos roubados. A SUV estava ligada e com as portas abertas, levantando suspeitas entre passantes. Após o ataque, os criminosos teriam fugido em outro carro, cujas características ainda não foram reveladas pela polícia.
Os policiais atacados estavam realizando uma Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho (Dejem), atividade remunerada fora da escala normal. A Polícia Militar, junto com as polícias Civil e Científica, investiga o incidente com atenção redobrada, temendo uma nova onda de ataques a veículos e bases policiais, semelhante àquela ocorrida em 2006. Embora não haja evidências de um ‘salve’ emitido por facções como o PCC, tudo será considerado na investigação em curso.