O Ministério Público do Rio de Janeiro realiza, nesta quinta-feira, uma importante operação contra o ‘novo escritório do crime’, um grupo armado que opera de forma semelhante ao antigo esquema liderado pelo ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega. A análise das ações deste grupo sugere sua participação em pelo menos duas execuções ordenadas pela contravenção.
Agentes do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado estão executando nove mandados de prisão. Entretanto, cinco dos alvos já se encontram detidos. Entre os investigados, há três policiais militares, vinculados ao batalhão de Honório Gurgel, além de um oficial do Batalhão Especial Prisional.
### Investigações e Conexões
As investigações indicam que vários homicídios atribuídos a este grupo surgiram de disputas relacionadas ao jogo do bicho. O ex-policiante Thiago Soares Andrade Silva é identificado como o chefe do novo ‘escritório do crime’, e mesmo enquanto preso, continuava a comandar operações e atividades do grupo.
### Acusações e Resultados
Todos os envolvidos foram denunciados à Justiça por crimes graves, incluindo organização criminosa armada, sequestro e comércio ilegal de armas de fogo e munição. Os materiais apreendidos em operações recentes eram, segundo o MP, vendidos clandestinamente.
### Contexto Histórico
O ‘escritório do crime’ original foi uma milícia composta por policiais militares e ex-policiais especializados em assassinatos por encomenda, atuando principalmente na Zona Oeste do Rio. Este grupo utilizava técnicas de planejamento sofisticadas, adquiridas durante o serviço nas forças de segurança, para conduzir crimes de maneira eficaz e dificultar investigações. A continuidade dessas práticas representa um desafio significativo às autoridades na luta contra o crime organizado na região.
