A Polícia Civil e a Prefeitura de Vila Velha encerraram as atividades de um abatedouro clandestino no bairro Dom João Batista, operando de forma ilegal. Durante a operação, foram apreendidas aproximadamente 4 toneladas de carne e linguiça suínas.
Condições insalubres
O local apresentava condições muito insalubres, com a presença de moscas e muito sangue no chão, refletindo a falta de higiene e cuidado no abate dos animais. Em uma mesa de madeira, uma banheira se destacava, usada para o abate improvisado dos porcos. Os produtos apreendidos estavam prontos para transporte, mas em condições completamente inadequadas.
A operação foi motivada por uma abordagem anterior, onde o proprietário do abatedouro foi flagrado transportando porcos vivos para o local. A ação da polícia visava evitar a propagação de produtos potencialmente nocivos à saúde.
Riscos à saúde pública
A legislação brasileira proíbe o abate de animais em áreas urbanas, tornando as atividades do abatedouro totalmente ilegais. Conforme destacou o diretor de Bem-Estar Animal de Vila Velha, havia indícios de maus-tratos aos animais antes do abate. A prática coloca em risco a saúde dos consumidores, uma vez que os produtos não eram produzidos de acordo com as normas sanitárias.
O proprietário do abatedouro alegou que revendia a carne para comerciantes em diversas regiões da cidade, incluindo registros de vendas desde dezembro do ano anterior, o que significa que muitos consumidores potencialmente consumiram carne contaminada.
Consequências legais
O dono do local enfrentará acusações por crimes contra a saúde pública e os direitos do consumidor. Comerciantes que adquiriram produtos desse abatedouro clandestino também poderão ser responsabilizados criminalmente, aumentando as implicações legais em torno do caso e destacando a importância de práticas seguras na cadeia alimentar.
