Um documento assinado em 24 de janeiro de 2025 parecia trazer alívio a Ednaldo Rodrigues, reforçando sua legitimidade na presidência da CBF diante das disputas no Supremo Tribunal Federal (STF). O acordo foi firmado pela Federação Mineira de Futebol e diversos líderes da entidade, tendo por objetivo suspender processos judiciais que ameaçavam o mandato de Ednaldo.
No entanto, cerca de três meses depois, esse mesmo documento tornou-se alvo de uma nova acusação que reabriu a instabilidade na gestão do dirigente. Um laudo elaborado pela perita Jacqueline Tirotti, datado de 4 de maio, apontou divergências nas assinaturas de Antônio Carlos Nunes, cuja autenticidade foi questionada. O laudo indicou a fragilidade do documento e possíveis tentativas de falsificação, detalhando inconsistências gráficas e rupturas na sequência de folhas.
A situação ganhou novos desdobramentos quando o vereador Marcos Dias Ferreira acionou o Ministério Público do Rio de Janeiro com base no laudo pericial, pedindo investigação sobre as assinaturas e o acordo. Posteriormente, uma petição da deputada federal Daniela do Waguinho solicitou o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues, alegando evidências de simulação no acordo e acusações de gestão temerária na CBF.
### Implicações Jurídicas
O pedido de Daniela se baseia em argumentos legais, sustentando que a simulação de documentos é uma ofensa à ordem pública, passível de nulidade. A deputada também recordou um laudo médico que atestava a impossibilidade de Antônio Nunes consentir plenamente com qualquer documento devido a limitações cognitivas. Assim, a real emanação do acordo se torna uma questão crítica.
### Reações e Decisões
A CBF, até o momento, não se manifestou sobre as últimas acusações, que vieram à tona em meio a um cenário jurídico já complexo. O julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 7580, programado para o dia 28 de maio, adiciona uma nova camada de incerteza à situação de Ednaldo. O STF já havia discutido a legitimidade do Ministério Público para intervir em assuntos relacionados à CBF, o que poderia influenciar futuras decisões sobre a permanência de Ednaldo na presidência.
Com um ambiente já tumultuado, Ednaldo Rodrigues espera as deliberações do STF, enquanto a pressão política se intensifica, refletindo sobre a estabilidade de sua administração à frente do futebol brasileiro.