- Segundo a investigação da Polícia Civil do Espírito Santo, Isaque cobrava valores que passavam de R$ 5 mil para oferecer serviços jurídicos em causas cíveis, trabalhistas e de trânsito — embora ele não tivesse formação completa em Direito.
- Ele usava um número de registro falso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que não existia e chegou a falsificar assinaturas de dirigentes da subseção local.
- Também elaborava procurações e documentos em nome das vítimas, falsificava decisões judiciais e chegou a emitir convites para um evento de entrega de carteiras da OAB — um evento que nunca ocorreu.
Investigação e prisão
As investigações tiveram início em novembro. A polícia coletou depoimentos de vítimas e, com base nas evidências, solicitou dois mandados de busca e apreensão e um de prisão. Todos foram cumpridos.
Na casa de Isaque foram apreendidos:
- cerca de 30 procurações falsas;
- um RG falso;
- cópias de documentos em nome dos clientes;
- notas promissórias emitidas a uma das vítimas — com data de pagamento prevista até março de 2026.
Acusações e consequências
Isaque deve responder por estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e exercício ilegal da profissão.
Algumas das vítimas também registraram queixa junto à OAB local. A Justiça aciona agora o processo criminal, e a defesa do suspeito ainda não foi localizada.
O alerta para a população
O caso serve como alerta: pessoas que buscam serviços advocatícios precisam sempre verificar se o profissional possui registro ativo na OAB e confirmar sua habilitação — especialmente em cidades do interior, onde golpes desse tipo podem passar despercebidos por mais tempo.


