De acordo com a Polícia Militar, o policial-aluno estava deixando a casa de um familiar quando viu o empresário portando um objeto semelhante a uma arma. Ainda segundo a corporação, o militar deu ordem para que ele largasse o objeto, mas Fernando não teria obedecido e teria avançado na direção do policial, que então efetuou o disparo. Após a ação, foi constatado que o empresário segurava um simulacro de arma de fogo.
Apesar da narrativa inicial, ainda há informações que precisam ser confirmadas. A investigação deverá esclarecer, por exemplo, a distância entre os envolvidos, a dinâmica exata do suposto avanço, a existência de testemunhas oculares e se havia possibilidade de uma intervenção menos letal. Até o momento, não foram divulgadas imagens ou elementos periciais detalhados que permitam reconstituir integralmente o episódio.
Outro ponto em debate é a avaliação preliminar de legítima defesa, feita pela autoridade policial logo após o fato. Especialistas destacam que essa conclusão depende da análise completa dos protocolos de uso progressivo da força, incluindo identificação da ameaça, alternativas de recuo e nível de risco enfrentado no momento da ação.
A Corregedoria da Polícia Militar informou que instaurou procedimento para apurar o caso. A expectativa é que a investigação reúna depoimentos, perícia técnica e demais elementos capazes de esclarecer de forma objetiva o que ocorreu antes e durante o disparo.
O Acontecendo no ES seguirá acompanhando o andamento das apurações.


