O Tribunal do Júri da Serra condenou, na última quarta-feira (13), Romário Pereira dos Santos, de 33 anos, conhecido como “Manelão”, a 39 anos, quatro meses e 15 dias de prisão em regime fechado, por tentativa de homicídio qualificado contra três pessoas. O crime aconteceu em março de 2012, no bairro André Carloni, localizado no município da Serra.
Apontado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) como uma das lideranças do tráfico de drogas na região, Romário foi julgado por tentativa de homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e emprego de arma de fogo.
Relembre o caso
De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil, o crime aconteceu no dia 9 de março de 2012, quando Romário, então com 20 anos, participou de uma emboscada contra três homens. Segundo o inquérito, ele e outros envolvidos, ainda não identificados, esperaram as vítimas em um local estratégico e abriram fogo. Os três alvos conseguiram escapar com vida, o que transformou o caso em tripla tentativa de homicídio.
As investigações apontaram que a ação foi motivada por conflitos entre facções rivais do tráfico de drogas que atuam na região da Grande Carapina.

Anos de tramitação
Apesar do crime ter ocorrido em 2012, a denúncia formal do Ministério Público só foi apresentada em 2015. O processo seguiu em tramitação judicial até que, em 2019, foi finalmente encaminhado para o Tribunal do Júri. Durante parte desse período, Romário chegou a responder em liberdade, mas foi novamente preso após surgirem novas provas de que continuava liderando o tráfico local e intimidando moradores da comunidade.
No julgamento, o júri popular considerou as provas e os depoimentos suficientes para confirmar a participação direta de Romário no atentado. A sentença foi dada com base na gravidade dos fatos e na reincidência criminal.
Histórico criminal e novos julgamentos
Romário Pereira dos Santos já havia sido condenado por outro homicídio anterior e deixou a prisão apenas em fevereiro do ano passado. Além da atual condenação, ele ainda enfrentará novo julgamento por um homicídio ocorrido também em 2012.
MPES comemora resultado
Em nota oficial, o Ministério Público do Espírito Santo classificou a condenação como “uma vitória na luta contra o crime organizado” e destacou o papel da instituição na defesa da sociedade:
“A atuação firme do MPES nesse caso reafirma nosso compromisso com a justiça, a defesa da vida e a segurança da população capixaba”, declarou o órgão.