A Polícia Civil informou ter concluído, na quarta-feira, 4, o inquérito policial sobre a morte do idoso Antônio Lopes de Siqueira, de 73 anos, ganhador que levou sozinho mais de R$ 201 milhões no sorteio da Mega-Sena, em novembro. Ele morreu em 4 de dezembro, 24 dias depois do sorteio, após sofrer uma parada cardiorrespiratória em um consultório odontológico.

A polícia indiciou o dentista da clínica por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, com agravante por descumprir regras técnicas da profissão. Segundo a investigação, o procedimento odontológico que levou à morte de Antônio foi feito com diversas falhas graves.

No inquérito, consta que o dentista realizou de forma superficial a anamnese (entrevista para conhecer o histórico do paciente) e não fez o monitoramento adequado dos sinais vitais. Ele também aplicou uma dose elevada de anestésicos, sem considerar que Antônio era cardíaco e sem avaliação prévia feita por um cardiologista.

A clínica não contava com equipamentos básicos, como desfibrilador ou suporte avançado de vida e, após a reação, também não prestou a devida assistência. De acordo com o inquérito, houve demora no atendimento e, mesmo com sinais de piora ainda na recepção, Antônio foi liberado.

O prêmio pago a Antônio foi um dos dez maiores da história. Ele ganhou o sorteio comprando uma aposta simples, no valor de R$ 5. Nesse caso, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860.

Os números sorteados foram: 13 – 16 – 33 – 43 – 46 – 55. Antônio registrou um jogo surpresa, com números escolhidos pela máquina.