ACONTECENDO NO ESPÍRITO SANTO

segunda-feira, 14 de julho de 2025

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segunda-feira, 14 de julho de 2025

Tribunal mantém júri por feminicídio de ex-vice-prefeito de cidade do ES

Tribunal decide manter julgamento por feminicídio de ex-vice-prefeito no Espírito Santo

O ex-vice-prefeito de Ibitirama, Célio Martins Morales, será levado a julgamento por feminicídio. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), que rejeitou os recursos apresentados pela defesa e confirmou a sentença inicial de janeiro de 2024, que o colocou como réu pelo crime.

Morales é acusado de ter cometido o homicídio de sua esposa, Vanuza Spala de Almeida, de 41 anos, ocorrido em abril de 2023 na cidade de Ibitirama, localizada na Região do Caparaó, Espírito Santo. Segundo o Ministério Público, o crime foi motivado por sentimento de posse, ciúmes e possivelmente por razões de gênero, caracterizando feminicídio.

A defesa apresentou recursos alegando dúvidas sobre perícias e laudos anexados ao processo, mas esses pedidos foram considerados meramente protelatórios pela desembargadora Rachel Durão Correia Lima, relatora do caso, que manteve a decisão do juízo de primeira instância. A decisão foi publicada em 29 de maio.

A Justiça também rejeitou a possibilidade de absolvição sumária relacionada ao porte ilegal de arma de fogo e fraude processual, indicando indícios de que o local do crime pode ter sido alterado.

Detalhes sobre o crime

Vanuza foi vítima de um disparo de arma de fogo no dia 8 de abril de 2023, em sua residência na localidade do Córrego Feijão Cru, na zona rural de Ibitirama. Ela foi encontrada sem vida na manhã seguinte, no banheiro da casa.

Segundo boletim da Polícia Militar, Morales entrou em contato com familiares pedindo ajuda, alegando que a esposa teria atirado nele após entrar no banheiro para tomar banho. Apesar do socorro, Vanuza chegou ao hospital sem sinais de vida.

Na denúncia, o Ministério Público afirma que Morales atirou com vontade e intenção de matar, motivado por sentimento de posse e violência doméstica. O disparo atingiu o tórax da vítima, que era vítima de uma relação conturbada, marcada por abuso psicológico, agressões físicas, restrições e intimidação envolvendo armas.

Morales, de acordo com o MP, costumava deixar a arma sob a mesa como forma de ameaçar Vanuza.

O espaço para manifestação da defesa permanece aberto ao retorno após contato feito pela coluna. O advogado de Morales não respondeu até o momento.

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