Incremento nos Casos de Síndrome Respiratória na Última Análise
De acordo com o boletim semanal InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) no Brasil atingiu seu maior patamar dos últimos dois anos neste período recente. A notícia foi publicada em 12 de junho e reforça a preocupação com o aumento de infecções respiratórias no país.
Dados e Tendências Recentes
Nos últimos 28 dias, o número de casos de SRAG aumentou 91% em comparação ao mesmo período do ano anterior, indicando um crescimento preocupante. A alta se concentra principalmente nas regiões centro-sul, onde o vírus da influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) têm sido os principais responsáveis por hospitalizações relacionadas à doença.
Embora alguns estados, como Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e o Distrito Federal, registrem sinais de estabilização ou redução nos casos, a incidência de hospitalizações permanece elevada nessas áreas. Essas informações referem-se à Semana Epidemiológica 23, de 1º a 7 de junho.
Impacto nos Grupos Populacionais
A especialista Tatiana Portella, do InfoGripe, afirma que a influenza A é a principal causadora de SRAG, afetando todas as faixas etárias, com maior impacto nos idosos. Ainda assim, o VSR é a principal causa de hospitalização de crianças no país.
Ela reforça a importância da vacinação contra a gripe como medida fundamental para reduzir casos graves e óbitos. Além disso, recomenda o uso de máscaras em postos de saúde e ambientes com muita aglomeração ao apresentar sintomas de gripe ou resfriado.
Crescimento de Casos em Crianças Pequenas
O boletim informa que os casos de SRAG relacionados ao VSR continuam crescentes na maior parte do país, apesar de sinais de estabilização ou queda em estados do Centro-Oeste, Sudeste e Norte. Ainda assim, a demanda por internações permanece alta em várias regiões.
Tendências de Crescimento por Faixa Etária
Nos últimos quatro períodos epidemiológicos, observou-se aumento de casos entre idosos em cidades como Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro, assim como crescimento entre jovens e adultos em localidades como Boa Vista, Goiânia e João Pessoa. A prevalência dos vírus no período aponta para uma significativa circulação de influenza A (40%), VSR (45,5%) e outros vírus respiratórios.
Na análise de óbitos, os vírus mais presentes foram influenza A (75,4%) e VSR (12,5%), reforçando a gravidade da atual situação epidemiológica.
