Ana Paula Minerato foi indiciada pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) da Polícia Civil do Rio de Janeiro por racismo, após uma queixa apresentada pela cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca. O caso ganhou destaque na mídia em novembro de 2024.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) analisará se Ana Paula será denunciada à Justiça com base em falas que vazaram nas redes sociais. Ela foi enquadrada no artigo 2º-A da Lei 7716/89, que prevê pena de 2 a 5 anos de reclusão, segundo informações do portal G1.
O conteúdo das falas vazadas
No áudio vazado, Ana Paula, ex-Panicat, participante de A Fazenda e musa da Gaviões da Fiel, fez comentários sobre Ananda, chamando-a de “neguinha” e “empregada doméstica” durante uma discussão com o rapper KT. Em suas falas, ela questiona se o ex parcerias preferia “mina de cabelo duro”.
Declaração da delegada
A delegada Rita Salim, responsável pela Decradi, destacou: “Considerando que, no caso em questão, as palavras e expressões utilizadas pela autora reforçam estereótipos negativos, ofensivos e ainda perpetuam desigualdades e injustiças com base nesses fatores, restaram evidenciadas as ofensas de cunho racista”.
Defesa de Ana Paula
Em seu depoimento à Decradi, a modelo e ex-participante de A Fazenda alegou que a gravação foi feita sem seu consentimento por um homem com quem teve um relacionamento amoroso. Ela comentou que as falas foram tiradas de contexto, afirmando que repetia ofensas que havia ouvido dele sobre Ananda.
Em janeiro, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) arquivou a denúncia de injúria racial feita por Ananda contra Ana Paula Minerato. As duas se envolveram em troca de farpas nas redes sociais após a ex-Panicat fazer um post que parecia comemorar o arquivamento.
